domingo, 18 de dezembro de 2022

 

Faz de Contas

ou

O Quarto Rei Mago



               Como no filme O Quarto Sábio, os três reis Magos não foram três e sim quatro; Baltasar, Belchior, Gaspar e um tal de Noel como querem os portugueses, Santa Claus como querem americanos, mexicanos e canadenses ou São Nikolaus como o chamam os alemães; ele, Santa Claus, Noel, veio das terras geladas da Lapônia, na Finlândia, lá pelos lados do Polo Norte onde vive e trabalha em sua fábrica de doces e brinquedos, auxiliados por Elfos mágicos ou Duendes mágicos. Lá, naquela terra gelada, o transporte é o trenó puxado por oito renas. Mas só o de Noel é puxado por nove renas: Rudolph, de nariz vermelho, que serve de guia para as outras 8 renas, nas tempestades de neve e mais:  Corredora, Cupido, Cometa, Dançarina, Empinadora, Raposa, Plutão e Ventania; são nove renas, as únicas voadoras e velozes. Pai Natal chega ao ponto do encontro cansado, com seu trenó abarrotado de presentes e busca por Baltasar, Belchior e Gaspar! Onde estão eles? - Já partiram, seguindo a Estrela Guia, a Estrela de Davi, para encontrar o menino Deus. Cansado da viagem, resolve dormir um pouco a espera dos reis Magos que deveriam voltar pelo mesmo caminho. Há vista da matança dos inocentes os reis magos tomam outro caminho de volta, evitando as terras de Herodes. Não encontrando os reis magos de volta, Noel resolve entregar às crianças que encontra, seus presentes, com a saudação de Feliz Natal, Merry Christimas, Feliz Navidad, Natale Hilare em latim e Bom Natale em italiano, ou transliterando (linguagem simplificada) Hivää Joulua como se diz em sua terra Finlândia, ou ainda Merrycury Sumasu como querem os japoneses. Fala-se que até hoje, ainda hoje, ele sai das suas terras frias, na Lapônia, Rovanieme, capital da Lapônia, uma das províncias da Finlândia, com suas renas e seu trenó, distribuindo presentes à todas as crianças que encontra, na esperança de ver, algum dia, a Estrela Guia, a Estrela de Davi que possa levá-lo ao Messias, para presenteá-lo. Quem é este personagem? Você acredita? Credes?  Quem é ele, esse possível Quarto Rei Mago?  Se você, até então, acredita em Papai Noel como eu, haverá de acreditar também em um quarto Rei Mago, não sei, você, com que nome, eu prefiro chamá-lo Noel, sim Noel, o Quarto Rei Mago e ter a ESPERANÇA, assim como ele, de ver a Estrela Guia, A Estrela de Davi e ir, assim como ele, em busca constante e eterna do Menino Deus. 

Mário de Castro

 

 PS. Quarto Rei Mago

Seja qual for o seu nome: Noel, São Nicolaus, Santa Claus queremos seguir com ele, trabalhar com ele, buscar com ele, na esperança de ver um dia a ESTRELA GUIA e podermos encontrar o Menino Deus em prol de nossa redenção. Feliz Natal e que esse ano vindouro seja de realizações de sonhos. Busque novos sonhos com a esperança de poder realizá-los, jogue com força seu coração nesta nova e constante busca. Feliz Ano Novo!

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

 ENCANTAMENTO

"As pessoas não querem mais informações. Já estão repletas de informações. Elas querem acreditar - acreditar em você, nas suas metas, no seu sucesso e na história que você conta." Annotte Simmons - autora de Whoever Tells The Best Story Wins.



Encantamento é um compacto manifesto do mundo dos negócios, um tratado de relações interpessoais, é um extrair de pérolas do coração e da mente das pessoas, é quando o ser eficiente é pouco e ser eficaz é muito mais. O seu parceiro, o seu colega de time, o seu cliente, o seu colega de trabalho se você simplesmente o atende é pouco, se você supre a sua necessidade é pouco e se você o conquista, hoje em dia, continua sendo pouco; é necessário ENCANTÁ-LO. Quanto maiores forem as suas metas, maior será a necessidade de modificar corações, as mentes e as ações das pessoas. Se você está realizando algo significativo você precisa de encantamento.

• O primeiro passo para o encantamento é fazer com que as pessoas gostem de você e para alcançar isto é preciso aceitar as outras pessoas e descobrir nelas algo que goste, em cada uma delas;

• O segundo passo é a conquista da confiança, verem que você faz as coisas certas e do modo certo.

          Os bons encantadores são simpáticos e confiáveis. O encantamento está vivendo sua época dourada porque nunca foi tão fácil, rápido ou barato fazer contato com as pessoas em todo o mundo. Administrar o seu tempo é preponderante porque desperdiçá-lo é desencantar. Encontre um exemplo de vida, encontre um modo para concordar e ainda, encontre um ponto brilhante e você então caminha para ser um encantador.

           Para fazer o encantamento perdurar, segundo o autor, é muito importante que você diversifique a sua equipe, que você tenha DEFENSORES: que assumem os interesses dos seus clientes; CÉTICOS: que apresentam uma atitude de dúvida mas, que desafiem as ideias para torná-las melhores; VISIONÁRIOS: que tenham ideia clara de como sua tecnologia e o mercado de trabalho evoluirão; ADULTOS: o que faz as coisas acontecerem de um modo eficiente e com um custo moderado; VENDEDORES: o que fecha os negócios – as pessoas acham que realizar uma venda é fácil até tentarem realizar elas próprias. Um bom administrador precisa de uma maneira de fazer que gostem dele, ele precisa criar situações que sejam vantajosas para todos, precisam ser simpáticos, mas os encantadores excelentes são simpáticos e confiáveis, precisam ser MENSCH.

           MENSCH é uma palavra em alemão que significa "ser humano”, mas numa conotação muito maior que excede em muito essa definição. Você é mensch sendo honesto, justo, generoso e transparente independente de com quem você está lidando e quem poderá vir a tomar conhecimento de sua atitude. Seja um mensch concentrando-se nas boas intenções, nas atitudes positivas que transformam o mundo num lugar melhor e, conceda o benefício da dúvida, na reserva de que boas pessoas podem ter atitudes más devido a circunstância além da sua compreensão; isso não significa que essas pessoas sejam más.

          Guy Kawasaki, em sua obra, nos presenteia, após cada capítulo, com histórias pessoais de vários autores. Numa empresa que se prepara para ser uma empresa de classe mundial vale a pena ler ENCANTAMENTO e conhecer, em cada capítulo “Minha História Pessoal”.

Kawasaki, Guy

Encantamento: a arte de modificar corações, mentes e ações

Rio de Janeiro, RJ: Alta Books, 2011.

Mário de Castro


Ps. Encantamento

        Em minhas aulas e em cursos nos Correios eu costumava brincar, dizendo: CUIDADO: porque eu posso te conquistar; hoje eu digo: SONHO, sonho meu, CUIDADO, muito cuidado porque agora  além de conquistá-lo eu quero te encantar.


sexta-feira, 1 de julho de 2022

 

VIDA, OBRA E MITO JK, O ESTADISTA

 

Ler, anotar muitas coisas e resenhar JK, especialmente Vida, Obra e Mito JK, o Estadista, livro do também Professor Vicente Cruz Filho é para mim um grande prazer e muito nos honra.


O menino Nonô de Diamantina – MG não queria ser padre, mas sim Doutor. Filho de Dona Júlia Kubitschek de Oliveira, professora, que passa a morar com os dois filhos Naná e Nonô na escola em que trabalha, após sua viuvez. Nonô, batizado com o nome de Juscelino Kubitschek de Oliveira vai se tonando um grande “ledor de livros”. Mesmo sem sapatos até os doze anos e com apenas seis livros, no sistema de trocas, lê centenas de outros livros. Mesmo não tendo gratuidade em curso no Seminário de Diamantina, não queria ser padre, mas sim médico. Nonô, agora Juscelino Kubitschek de Oliveira sonha em ter um emprego estável para custear um futuro curso de medicina: neste preparo lê, mais de trezentos livros de assuntos variados, na   Biblioteca da União Operária Beneficente de Diamantina. Com dezessete anos de idade Juscelino viaja de trem para Belo Horizonte com passagem e algum dinheiro, conseguidos através da venda da única joia da família, vendida por Dona Júlia para custear o filho em concurso para telegrafista no Departamento de Correios e Telégrafos em Belo Horizonte. Feito a prova, volta para Diamantina onde aguarda com ansiedade, por longos seis meses, que aprovado, mudaria tudo em sua vida. Telegrafista nos Correios, trabalhando no horário noturno ele consegue, com seus recursos, se preparar para ser médico.  Foi aprovado no vestibular em 1922.  Em sua formatura como médico apresenta à mãe, Dona Júlia, sua namorada que conheceu em Belo Horizonte, Sarah Gomes de Lemos. Aqui, o antes Nonô, agora Juscelino descobre: (“ ... pelos estudos que ser-me-ia possível quebrar as algemas), ... caminhos que haverão de presenteá-lo em muitos sucessos de vida. Do despertar dos livros de sua juventude, a França teve lugar expressivo e é onde Juscelino Kubitschek de Oliveira faz uma especialização em cirurgia, sagrando-se no primeiro lugar entre oitenta médicos cursantes.  Já casado com Dona Sarah, sua esposa por toda vida, a Revolução de 1930 o levou à Força Pública de Minas Gerais, hoje Polícia Militar de Minas Gerais, como Capitão-médico e chefiando o Serviço de Urologia do Hospital Militar de Minas Gerais, em Belo Horizonte e depois Major e Tenente-coronel-médico, no mesmo Hospital, já em 1955, Juscelino vê que o aprendizado de sua vida, até então, o desperta para o discurso, sua ferramenta para seu sucesso político no país. Secretário particular e Chefe de Gabinete do então Interventor Benedito Valadares tinha as manhãs livres para exercer a cirurgia hospitalar e em 1934 é eleito Deputado Federal. Em 1937 Getúlio Vargas fecha o Congresso Nacional e Juscelino volta a clinicar no Hospital Militar, mas sua lide política está desperta*.  Indicado para Prefeito de Belo Horizonte por Benedito Valadares aí então JK assume e começa seu espírito de renovação na administração pública. É famosa sua citação ao terminar a construção da Av. do Contorno para a visitação de Getúlio Vargas à Belo Horizonte:  ...´são os dez mil servidores de que disponho’ ... são os dez mil burrinhos no transporte de terras na construção da avenida. São suas como, prefeito, obras do complexo da Pampulha – hoje Patrimônio Histórico, o Hospital Municipal Odilon Behrns, o Conjunto Residencial IAPI, os Restaurantes Populares em Belo Horizonte, os famosos bandejões e é na maioria dessas construções que surgem os empreendedorismos profissionais de Oscar Niemayer, Lúcio Costa, Portinari e Burle Marx que logo depois vão estar presentes na construção da Capital da Esperança – Brasília. Governando Minas com êxito frenético do binômio ENERGIA e TRANSPORTE, construindo e pavimentando estradas no Estado cria a Cemig, a Frimisa e a Fertisa (fertilizantes). O dinamismo de seu governo o faz natural candidato a Presidente da República para o pleito de 1955. Eleito em primeiro turno teve sua posse muito ameaçada e é daí uma de suas frases famosas: “Poupou-me Deus o sentimento de medo”. Alicerçado no trinômio ENERGIA – TRANSPORTE E ALIMENTAÇÃO JK se compromete com um Plano de Metas de 50 anos de progresso em 5 anos de governo e verdadeiramente não estava em sua meta a construção de Brasília e segundo o autor, JK é questionado pelo goiano Antônio Soares Neto – o Toniquinho -  por que não construir Brasília?  Aceito o desafio Toniquinho está com JK no Planalto Central visitando as obras de 43 meses de trabalho frenético e interrupto. Foram realmente 50 anos em 5 com o Brasil não mais importando geladeiras, aparelhos elétricos e até automóveis, um país promissor que já tinha quase tudo. Recebendo as chaves da Nova Capital do país do engenheiro mineiro Israel Pinheiro. 

 

Relata em sua obra, o professor Vicente Cruz Filho um governo JK com apenas 25% de inflação contra 130% de João Figueiredo, Sarney com 472% e um Fernando Collor com 948%. As dívidas públicas são notáveis no comparativo em dólares: 200 bilhões de FHC, 148 bilhões de Itamar Franco, 136 bilhões de Collor, 102 bilhões de Figueiredo e 3,5 bilhões de JK. A ideia do livro é acalentada desde 2004 e o autor faz agora a publicação tendo como joia o famoso discurso do Eterno Presidente quando assumiu uma Cadeira na Academia Mineira de Letras. Dentre outras coisas JK fala solenemente: (“... a aceitação unânime de meu nome por esta Academia, declarei-vos de haver feito um homem feliz. ... a presença nesta solene sessão de um dos maiores vultos contemporâneos do Brasil, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota para apresentar –me as saudações desta Academia, me fez um homem feliz ‘ aplausos demorados’. ... do fato de ter como Governador de Minas visitado todos os municípios mineiros, àquela época quatrocentos e cinquenta ... li, li muito, li bastante, em quantidade e qualidade ... no quadro sisudo do Velho Tijuco ... não saberei dizer como dominei o susto, ao ter que pronunciar, em Diamantina o improviso que marcou a primeira e difícil etapa que me levou às culminâncias do poder ... divisei-me com uma pequena e curiosa aglomeração na modesta Estação Ferroviária para dar-me as boas vindas, após o sacolejo de quinze horas.  O néctar transportava-me aos dias de jovem e os ensinamentos de Vieira, de Rui e de Montalverne, que naquela época já me tinham revelado a eloquência ajudaram-me e pude desatar a língua, que desatada ficou por várias décadas, proporcionando-me a levar ... vastidões do Brasil, o evangelho da liberdade.  ‘aplausos demorados ‘

 

A poltrona na qual hoje me emposso, dignificada por Mendes de Oliveira ... ninguém foi mais alto do que ele, na glorificação do soneto, poltrona depois ocupada por Noraldino Lima, Diretor da Imprensa Oficial, secretário de Estado e Deputado Federal, coube-lhe tudo com que Minas poderia alardoar o filho predestinado, inclusive a Chefia de Governo. ... sete anos são passados, não me esqueci e não se esqueceram os que viram e ouviram Guimarães Rosa afirmar na Academia Brasileira de Letras, em sua posse, que as pessoas não morrem ficam encantadas, eu estava lá, num dos raros discursos de Rosa na Academia. ... se a saudade machuca, é também a mais nobre moldura para a recordação. Na viagem que inicio não mais encontrarei a rasgarem a minha carne os espinhos que tanto me feriram ... servir o Brasil e a terra muito amada de Minas. ‘aplausos demorados’   Sei que compartilharia com tal gáudio aquela que me educou e a quem, lá do Céu, contemplando a vitória do filho, bendirá a Deus a ventura de lhe haver permitido trazer, da legendária Diamantina até esta soberana Academia Mineira de Letras, o menino pobre que lutou sem tréguas, para algum dia merecer esta  “glória que fica,  eleva, honra e consola”. 6 ‘palmas por vários minutos’ ‘ “)

6 – Parte III do poema “versos a Corina”, de Machado de Assis.    

 

Cruz Filho, Vicente

       Vida, obra e mito JK, o estadista

Belo Horizonte: Páginas Editora, 2021

100     :  discursosil. Foto.p&b

 

 

*Paulo Pinheiro Chagas, deputado mineiro e Ministro de JK lembra em um de seus discursos de uma das primeiras sagas políticas de Juscelino:  “... esqueçamos, esqueçamos, como quem esquece 37, a história também tem o seu pudor”

Mário de Castro

 

PS – De duas feitas tive o privilégio de ver, ouvir e falar com Juscelino Kubitschek de Oliveira. Na primeira vez, no assento traseiro de um automóvel preto e grande - muito bonito – isso no antigo abrigo de bondes Sr. Bom Jesus - Cachoeirinha -, no centro da cidade de Belo Horizonte, rua Curitiba, em frente ao predinho Sede da Drogaria Araújo, quando o menino, também engraxate e também com mais ou menos 11 anos, falou e pediu: Olha lá, olha lá Doutor Juscelino!!!  Doutor Juscelino:  me dá um dinheiro aí!!!  E ele, um estadista, o Governador do Estado de Minas, tira do bolso algumas moedas: - Toma, parte com vocês dois; e, dando ordens ao motorista, foi-se embora. Na segunda vez, assustador e quase incrível, no início da década de 60 por volta de 61/62; não sei precisar bem, na sede do Partido Social Democrata – PSD – à rua Espírito Santo 920 – Centro de Belo Horizonte, assusto-me ao ver entrando naquela sede o Presidente JK!  Me estendeu a mão:  - boa tarde meu jovem, O Dr. Renato Azeredo já está aí? – Não Presidente, mas vou chama-lo imediatamente, assente-se por favor, vou servi-lo um cafezinho! Pasmem!!!  Em minutos e ainda o presidente tomando o cafezinho entra no casarão da sede do PSD, Dr. Renato Azeredo – Vice chefe da Casa Civil do Presidente JK, e em seguida o casarão do PSD fica repleto de gente, de repórteres, de jornalistas, de políticos, e curiosos em ver o   Eterno Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira.

quinta-feira, 26 de maio de 2022

 

DIA DO SELO

Agência Filatélica Belo Horizonte MG Espaço Filatélico em 1 de agosto de 2012 Ainda ontem, meados da década de 1970, as peças filatélicas do primeiro lançamento de PEQUENAS JANELAS PARA O BRASIL E O MUNDO estiveram e estão presentes na vida dos CORREIOS e dos amigos dos selos e dos Filatelistas.


… estávamos nesta casa, há mais de vinte anos, como se aqui fosse a Casa Mãe, do Monastério de uma instituição chamada Correios. Entre circulação de selos e preparo de peças filatélicas já fazíamos a interação, a parceria de trabalho, procurando fugir de toda e qualquer burocracia em prol do melhor atendimento desta clientela seleta chamada filatelia. Entre receber os selos comemorativos, envelopes, cartões e editais, víamos uma corrida incansável da jovem senhora Adelina Pereira, no preparo das peças filatélicas, cuidadosamente preparadas, com esmero e carinho.

Senhoras e Senhores, há que se saber que nós da Tesouraria Regional, víamos os selos em primeira mão, os envelopes e editais, conhecendo também os carimbos de primeiro dia de circulação mas, no entanto, nestes anos todos nunca tivemos a oportunidade de assistir, ver o dia a dia de lançamentos, do obliterar dos primeiros selos, quase uma vida profissional nesse cotidiano de valores e selos, formando uma equipe profissional naquele trabalho, enquanto durou a tesouraria, diríamos, fomos os últimos dos Moicanos.

 

Qual não foi a minha surpresa ao sermos convidados para sermos o segundo a obliterarmos os selos Carta Comercial- 1º porte – Bandeira e ipê e Janelas para o Brasil e o Mundo (só poderia ser feito da Adelina, sabedora que eu ali estaria “sem lenço e sem documento”);


O aconchego da recepção pela Raquel, Laíze e Cosme nos cativou enormemente e pasmem, (surpreendi-me, quando queria apenas a oportunidade do obrigado por aquela primeira vez, -do dia do selo- carimbo de primeiro dia de circulação), eis que o Sr. Diretor Adjunto, Messias Godoy, nos convidou, pela empresa, pelo dia do selo para cumprimentar aos senhores, filatelistas, colaboradores e gestores da empresa e também amigos do selo. Estas surpresas, senhores e senhoras, não sei se temos, ainda “o aguenta coração”.

Mário de Castro

 

quarta-feira, 11 de maio de 2022

 

 

PALAVRAS

 


Nesta casa iniciei a busca de um sonho; nessas casas - O Colégio Riachuelo – comecei a sonhar em ser professor, um aprender e ensinar, uma caminhada de 49 anos para descobrir que aprendi muito mais que ensinei, e conclui que o processo de educação é um eterno buscar.


Iniciamos aqui no Colégio Riachuelo, no dia doze de março de 1969; um iniciar de encontros que marcaram uma constante de tempos idos e vividos, onde estava nesse momento toda crença, todo poder de querência diante do nosso próprio pensar, diante do nosso próprio pregar, do transmitir de que o longe é um lugar que não existe, de que não há passado e nem futuro, mas sim um presente constante, o aqui e o agora. Dezessete anos de Riachuelo, quinze anos de rasteio em perseguição a um objetivo, o de criar e recriar, pela força do diálogo, o binômio utópico da real relação de - EDUCANDO E EDUCADOR - e o pregar constante de uma escalada do faz-de-conta, sem nota e sem presença, existindo apenas pelo prazer de encontrar, de discutir ideias,  de fazer e refazer pensamentos,  de derrubar com todas as forças as “viseiras“, não de massificar mas de encontrar, mostrar caminhos, “fazer cabeças“ com o convite insistente,  constante de fazer de sua vida um eterno buscar.

Talvez tudo, todo este tempo, todo o processo inicial de transformação, de construção não tenha passado de mero sonho, mas de um buscar do presente real de diferenciação de ser e ser, entre varrer e varrer o laboratório destes sonhos, destas buscas, deste “tête-à-tête”; foi nesta Escola - O Riachuelo - que comecei minha vida, o faz-de-conta; aqui tivemos oportunidade de oferecer a pouca, a insignificância que tínhamos, mas que era e sempre foi o de melhor que possuíamos.

Nada é mais importante do que o poder de crença – creia e busque, busque e acredite, faça disto uma filosofia de vida, seja você mesmo, custe o que custar, a cada instante, a cada momento e por toda vida.

 

Do amigo e companheiro Mário de Castro

Colégio Riachuelo, agosto de 1983

 

terça-feira, 1 de março de 2022

 

MOCAMBEIRO

 

 

MOCAMBO: terra de devaneio

Ficastes famosa por sua bondade

Em acolher com carinho em teu seio

Seres cansados, sem ter liberdade.

 

Quando o negro escravo fugia

Das torturas e procurava o escambo,

Em direção a ti o negro corria

De braços abertos saudando-te

Oh! Bravo mocambo.

 

Hoje em dia já figuras na história

Te representa o fiel Mocambeiro

Depois da triunfante vitória,

Sou eu que te peço favor derradeiro.

 

Mocambeiro, tu parte sereno,

Deixando a solidão e saudade,

Eu pobremente intervenho

Solitário clamo a sua vaidade.

 

Mocambeiro! Tu levas metade do meu eu.

Por que não me escutas?

Tu roubas o que é meu.

 

 

(De MCASTRO)

 

... Está sim, num verão noturno de 1962, é um pedaço saudoso do lidos e vividos.