I M A C O - Instituto Municipal de
Administração e Ciências Contábeis
A HISTÓRIA QUE NÃO FOI CONTADA
O instituto Municipal de Administração e Ciências Contábeis, o IMACO,
no Parque Municipal Rennê Gianntti em Belo Horizonte, sofria, nos finais da
década de 1960, uma pressão muito grande para sair do Parque Municipal. Pressão
essa política e administrativa. Ali desde 1946, diretoria, professores e alunos,
cientes da importância da escola para a cidade e o estado e responsáveis
que eram pela maior e melhor Escola Contábil do Brasil, resolvem fazer um
movimento, grande e importante, pela permanência do IMACO no Parque, onde
sempre foi, desde sua fundação.
Professor Delmo da Silveira, sabedor de que o Presidente da
República, Marechal Arthur da Costa e Silva, estaria numa semana próxima
despachando no Palácio do Catete no Estado da Guanabara, resolveram, diretoria
e professores, marcarem uma audiência com o Presidente, para fazê-lo ciente do
que estava acontecendo e ao mesmo tempo convidá-lo para paraninfar os
Contabilistas Formandos de 1968. Prof. Delmo, com uma comitiva de alunos,
partem de BH, pelo Trem Vera Cruz, para a audiência. Recebidos no Palácio do
Catete, são ouvidos pelo Sr. Presidente atenciosamente, concordando com a
preocupação da comitiva e a nobreza de se manter uma Escola de tanta
importância em funcionamento. Em seguida a comitiva convida e o Sr. Presidente,
de muito bom grado, o convite para ser o Paraninfo dos Contabilistas de 1968 e
compromete-se em ali estar, com certeza, para o evento.
Nessa corrida toda de viagem e formatura realizou-se, no Auditório
do Imaco, o concurso de oratória dos formandos e eu concorrendo, fui sagrado
vencedor; saibam, meus caros leitores, podem acreditar, que eu Mário de Castro,
o Orador Oficial, não participei da viagem, da comitiva, não tive “grana” para
viajar, pois as dificuldades financeiras eram muitas.
Durante os preparativos de formatura cuidei logo de preparar o meu
discurso e nos finais de novembro e dezembro, o meu discurso já pronto, foi
censurado duas vezes, pois o país passava por um período político delicado; me
buscaram no trabalho e em casa para vê-lo e conhecerem o seu conteúdo.
Chegado o dia da formatura, 12 de dezembro de 1968, dia do aniversário
da Cidade Belo Horizonte, já quase na chegada do Senhor Presidente da
República, Marechal Arthur da Costa e Silva, eu, já de Beca, fui chamado e pela
3ª - terceira vez censuram o meu discurso novamente.
Apesar de todos os atropelos e senões, fiz o discurso, e o Sr.
Presidente, levanta-se, me estendendo a mão disse: “Parabéns meu jovem, pela
bela fala e por você ter citado São Francisco de Assis, o meu Santo protetor”.
RESULTADO ESPETACULAR: COM O APADRINHAMENTO DO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA O
IMACO PERMANECEU NO PARQUE MUNICIPAL POR MAIS 45 ANOS.
Quem sabe um dia, meus caros, eu ainda tornarei público este meu
discurso.
A aceitação do Presidente da República ao convite para paraninfar os formandos daquele ano, fortaleceu a instituição e deu a oportunidade a muito alunos de estudar naquela conceitada escola. Faço parte dessa imensa lista... 👏👏👏👏
ResponderExcluirConheci a Escola IMACO através das minhas primas ,Carla e Cátia e por as vezes frentar o parque municipal.
ResponderExcluirEra uma Escola linda e grande reputação, quando crianças ao conhecer o ginásio me apaixonei mais ainda pela Escola. Bons tempos
Me lembro do IMACO quando era adolescente. Sempre tive uma ótima impressão dessa Escola. Parabéns Sr Mário!
ResponderExcluirFez o discurso, apertou a mão do presidente da República e contribuiu pela permanência do IMACO por mais algumas décadas. Conhecendo vc, não esperava nada menos.
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