A HISTÓRIA DE PAPAI NOEL

e simultaneamente

O FAZ DE CONTA ou O QUARTO REI MAGO

 

 

 

Publiquei há mais tempo as resenhas “A História de Papai Noel” e “O Quarto Rei Mago”. Se você não as leu, este final de 2024 é o momento propício para fazê-lo. Porém, se você as leu, fica aqui o meu convite para relembrá-las.

Quanto à Papai Noel, continuo verdadeiramente acreditando que ELE EXISTE, e eu acredito piamente que houve não só Papai Noel, mas também um Quarto Rei Mago. Sobre esta quarta personagem há muita controvérsia sobre seu nome: Noel, Zorianak, Merry Christmas, Buen Natele, etc. Este homem existiu mesmo, existe ainda, dizem que além de Baltazar, Belchior e Gaspar, mas também esta quarta personagem está presente.

Dizem que até hoje, durante o ano todo, esta quarta figura, junto com seus Elfos Mágicos constroem muitos brinquedos e muitas guloseimas para os finais de ano. ELE parte das terras geladas da Lapônia em seu trenó, com a NOVA ESPERANÇA de ver a ESTRELA GUIA – ESTRELA DE DAVI – quando poderá, enfim, entregar ao MENINO DEUS, seus presentes. Me contaram, com muita certeza, que ELE foi visto neste dezembro lá pelos arredores do Oriente Médio, todo cheio de esperança em encontrar, enfim, o MENINO DEUS. Falam todos que embora sua vestimenta seja diferente, que ele é sim; é o tal de QUARTO REI MAGO.

O tal de Noel, ou um outro nome qualquer, deve ser verdadeiramente o QUARTO REI MAGO.

Apreciem as Duas Histórias, caminhem uma outra vez junto comigo, enconragemo-nos com nossos corações cheios de Esperança, QUIÇÁ, QUEM SABE, ENXERGUEMOS JUNTOS A ESTRELA DE DAVI, A ESTRELA GUIA NOS GUIANDO PARA A BÊNÇÃO DE ENCONTRARMOS O MENINO DEUS.

Segue abaixo link para fazê-lo:

https://lidosevividosobrassociologicas.blogspot.com/2017/11/a-historia-de-papai-noel-eis-questao.html

https://lidosevividosobrassociologicas.blogspot.com/2022/12/faz-de-contas-ou-o-quarto-rei-mago-como.html

 

 I M A C O - Instituto Municipal de Administração e Ciências Contábeis

A HISTÓRIA QUE NÃO FOI CONTADA

O instituto Municipal de Administração e Ciências Contábeis, o IMACO, no Parque Municipal Rennê Gianntti em Belo Horizonte, sofria, nos finais da década de 1960, uma pressão muito grande para sair do Parque Municipal. Pressão essa política e administrativa. Ali desde 1946, diretoria, professores e alunos, cientes da importância da escola para a cidade e o estado e responsáveis que eram pela maior e melhor Escola Contábil do Brasil, resolvem fazer um movimento, grande e importante, pela permanência do IMACO no Parque, onde sempre foi, desde sua fundação.

Professor Delmo da Silveira, sabedor de que o Presidente da República, Marechal Arthur da Costa e Silva, estaria numa semana próxima despachando no Palácio do Catete no Estado da Guanabara, resolveram, diretoria e professores, marcarem uma audiência com o Presidente, para fazê-lo ciente do que estava acontecendo e ao mesmo tempo convidá-lo para paraninfar os Contabilistas Formandos de 1968. Prof. Delmo, com uma comitiva de alunos, partem de BH, pelo Trem Vera Cruz, para a audiência. Recebidos no Palácio do Catete, são ouvidos pelo Sr. Presidente atenciosamente, concordando com a preocupação da comitiva e a nobreza de se manter uma Escola de tanta importância em funcionamento. Em seguida a comitiva convida e o Sr. Presidente, de muito bom grado, o convite para ser o Paraninfo dos Contabilistas de 1968 e compromete-se em ali estar, com certeza, para o evento.       

Nessa corrida toda de viagem e formatura realizou-se, no Auditório do Imaco, o concurso de oratória dos formandos e eu concorrendo, fui sagrado vencedor; saibam, meus caros leitores, podem acreditar, que eu Mário de Castro, o Orador Oficial, não participei da viagem, da comitiva, não tive “grana” para viajar, pois as dificuldades financeiras eram muitas.

Durante os preparativos de formatura cuidei logo de preparar o meu discurso e nos finais de novembro e dezembro, o meu discurso já pronto, foi censurado duas vezes, pois o país passava por um período político delicado; me buscaram no trabalho e em casa para vê-lo e conhecerem o seu conteúdo.

Chegado o dia da formatura, 12 de dezembro de 1968, dia do aniversário da Cidade Belo Horizonte, já quase na chegada do Senhor Presidente da República, Marechal Arthur da Costa e Silva, eu, já de Beca, fui chamado e pela 3ª - terceira vez censuram o meu discurso novamente.

Apesar de todos os atropelos e senões, fiz o discurso, e o Sr. Presidente, levanta-se, me estendendo a mão disse: “Parabéns meu jovem, pela bela fala e por você ter citado São Francisco de Assis, o meu Santo protetor”. RESULTADO ESPETACULAR: COM O APADRINHAMENTO DO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA O IMACO PERMANECEU NO PARQUE MUNICIPAL POR MAIS 45 ANOS.

Quem sabe um dia, meus caros, eu ainda tornarei público este meu discurso.

 O PODER DO MITO

Quando a terra é avistada da Lua, não são visíveis, nela, as divisões em nações ou Estados. Isso pode ser o símbolo da mitologia futura. Essa é a nação que iremos celebrar, essas são as pessoas as quais nos uniremos.

...e prometeu ajudado por Minerva, rouba do Olimpo, uma chama do fogo divino, com a qual toca o barro amanhado, que se transforma no PRIMEIRO HOMEM...

 A única maneira de descrever o ser humano é através de suas imperfeições. Uma das razões para o alto grau de violência é que na América não tem “ethos “(USO E COSTUME-UMA MITOLOGIA NÃO EXPRESSA) O que temos aprendido em nossas escolas não é sabedoria de vida é tecnologia; a especialização limita o campo de problemas e a AÇÃO GENERALISTA é mais genuinamente humana que especificamente cultural (apesar do termo pejorativo do mundo acadêmico).

 O que é um mito? - nos dicionários: História sobre deuses. Um Deus é a personificação de um poder ou de um sistema de valores que funciona para vida humana e para o universo (poderes de seu próprio corpo e da natureza). Os mitos são Metáforas da potencialidade do ser humano e os mesmos poderes que animam nossa vida animam a vida no mundo. No mundo moderno as coisas tem mudado rápido demais para serem mitologizadas; cada indivíduo deve encontrar um aspecto do mito que se relacione com sua própria vida.

 Mitos tem funções MÍSTICAS (o mistério diante da maravilha que é o universo, que é você). Dimensão CÓSMICA que a ciência se ocupa (mas o mistério se manifesta). Função SOCIOLÓGICA uma determinada ordem social (com uma variação muito grande de lugar para lugar, foi essa função sociológica do mito que assumiu a direção do nosso mundo). Função PEDAGÓGICA (como viver uma vida humana sob qualquer circunstância): OS MITOS PODEM ENSINAR-LHE ISSO NESSAS QUATRO FUNÇÕES. Masculino e feminino foi uma divisão tardia, são dois aspectos de um só princípio, ele ou ela é transcender, ir além da esfera do tempo é dual (homem-mulher, vida-morte, bem-mal, verdadeiro e falso).

 

A psique humana é essencialmente a mesma em todo o mundo, essencialmente o mesmo para todos os seres humanos, com os mesmos órgãos, mesmos instintos, mesmos impulsos, mesmos conflitos e mesmos medos. Os arquétipos (ideias em comum dos mitos) são muitos diferentes historicamente e em sentido antropológicos.

O segredo final do mito é ensiná-lo a penetrar no labirinto da vida de modo que os seus valores espirituais se manifestem. Todos os mitos lidam justamente com a transformação da consciência de um tipo ou de outro. Você vinha pensando de um modo, agora tem de pensar de modo diferente.

 O autor nos leva ao valor do CREDO (não como leis mas também que elas foram instituídas por Deus com o qual não tem discussão: desobedecer essas leis tem a ver com pecado, com o meu caráter eterno; também com A LIBIDO: é o impulso para a vida, vem do coração; e O CORAÇÃO que é o órgão que se abre pelo outro, é a qualidade humana, o interesse próprio de cada um e finalmente o AMOR que é maior que a morte e a dor, maior que tudo, uma maneira grandiosa de refletir sobre a afirmação da dor da vida.

 

 Campbell, Joseph, 1904-1987

O poder do mito, Joseph Campbell, com Bill Moyers; org.

Por Betty Sue Flowers; tradução de Carlos Felipe Moisés

 

 Mário de Castro

UniCorreios / Biblioteca / Cecor MG