segunda-feira, 26 de junho de 2023

 

 

 Ainda sobre VIDA - CORREIOS

 

Preparando o professorado dos Correios em Minas Gerais

DIDÁTICO PEDAGÓGICO

 


Sobre minha carreira de professor nos Correios, não poderia deixar de mencionar o tanto que me foi importante nessa segunda volta ao CETED, agora CECOR, em que, a convite do estimado Professor Carlos Alberto Dantas, participei de muitas turmas. Por isso resolvi fazer esta postagem em separado.

Criador do Projeto Didático Pedagógico, o Prof. Carlos Alberto, altamente competente em tudo que faz, revia os conteúdos didáticos de cada nova turma, sempre inovando e trazendo novos conceitos. Com muita maestria e brilhantismo em seus cursos, o Professor Carlos Dantas sempre me convidava para fazer parte do processo avaliativo e isto me fez muito bem.

Obrigado Dr. Carlos Dantas por ter me incluído; neles, tentei ensinar coisas que você já sabia. Os seus cursos, no Didático Pedagógico, tenho certeza, preparou muitos profissionais nos Correios para novas funções, para serem melhores em seu dia a dia como ecetistas. Preparou-os para engrandecer, ainda mais, nossos Correios, essa Casa que foi e é muito importante em nossas vidas.

Muito obrigado, Caro Mestre pelas oportunidades.

 

 

 

 

PASSOS E TRAÇOS

Ambiente Educacional


A escola Passos e Traços de minha filha Cátia Regina de Castro foi construída em seis meses sob o olhar e administração de Terezinha Maria Vieira Castro, nossa companheira e esposa e tem como Diretora a Professora Cátia Regina. Estabelecida no Bairro Ana Lúcia – Sabará – foi inaugurada em 1992 como Escola Infantil Risco e Rabisco. Dois anos depois por motivo de força maior passa a se chamar Passos e Traços – Ambiente Educacional. São quase 32 anos de funcionamento.

Fiquei como Professor Assistente nesta escola por aproximadamente 8 anos. Por muitas escolas que passei, ali ensinei muito pouco. Mais aprendi do que ensinei para aquelas crianças que por ali passaram, que aos 4 anos de escola já estavam silabando, lendo as primeiras letras, com uma alegria extraordinária da professora Cátia e minha. Já estavam prontas, antes do tempo, para o Ensino Fundamental da escola pública e particular.

Foram maravilhosos esses anos, descobri que a criança é muito verdadeira, nunca mente e faz isto com uma simplicidade muito grande.

A sala da Diretora, no turno da tarde virou sala do Tio Mário e as crianças me levavam, a mando da professora e depois por elas mesmas, os trabalhinhos, os escritos: “- Que lindo, foi que você que escreveu, foi você que fez? Mostre depois para a mamãe, ela vai adorar! ”

Lembro ainda do bater de sinos – um sino dourado de bronze – nas horas da merendinha, no recreio e na saída, término das aulas; uma lição de aprendizagem nos ficou gravada na mente pela vida inteira: merenda com as crianças juntas em duas, três mesas grandes, as crianças queriam trocar com o coleguinha por uma merenda mais gostosa. Ela compartilha, aprende a dividir e tem verdadeira alegria em partir a merenda com o colega que não pôde trazer, não trouxe porque a mamãe não teve nada para mandar. Sempre na saída, todos em fila no corredor interno da escolinha, era hora de se fazer a oração de agradecimento do dia. Um ou dois alunos faziam. Era uma “briga”, tínhamos que escolher. Mesmo aquele que fez ontem queria fazer hoje outra vez. Saindo, ainda em fila, cada aluno podia bater uma badalada no sino. Quem disse que uma só vez os contentava? Se deixássemos eram dezenas de badaladas.

A Escola Passos e traços foi e é sempre de 1ª linha. Toda semana cada professora com seus alunos mudavam de sala. São salas temáticas e a Diretora criou ainda o Projeto Leitura, um sucesso de aprendizagem. Toda sexta-feira cada aluno escolhia na sala da Diretora e do Tio Mário, um livro para levar para casa e ler com a mamãe, o papai ou a vovó e na segunda-feira era hora de ler para a professora e os coleguinhas da sala e logo depois liam paro o tio Mário: “- Que lindo a sua história, parabéns, muito parabéns! ”

Outro trabalho maravilhoso que tive oportunidade de participar foi o Trabalho voluntário, totalmente gratuito, de Alfabetização de Adultos. Como é gratificante o começar a ler, tanto da criança quanto do adulto. É de repente, parece que sem ninguém esperar, é apaixonante, altamente gratificante. Me lembro, com saudades de uma senhorinha, já quase com seus 80 anos que queria aprender a ler para ler a Bíblia – e isto aconteceu. Levou-nos às lágrimas e ela chorou de satisfação e alegria.

A Alfabetização de Adultos na Passos e Traços começou muito antes das escolas estaduais (EJA – Escola para alfabetização de Jovens e Adultos). Foi um trabalho pioneiro, difícil de fazer. Não é fácil encontrar pessoas que queiram fazer trabalho principalmente no horário noturno. Valeu muito como ser humano e como professor, na minha vida todo este aprendizado com as crianças. Elas me ensinaram muitas coisas que eu achava que sabia, mas não sabia, mesmo! Jamais vou me esquecer do tanto que me fez bem esses anos na Passos e traços.

 


 

EM TEMPO:

*VIDA - CORREIOS - ESCOLAS E GRUPO IDEIA

*ESCOLAS

*UM CAMINHAR ESTUDANTIL

*PASSOS E TRAÇOS

Devo ressaltar que nestas 4 últimas publicações de Trajetória de Vida acima citadas, muito nos valeu o aconselhamento do nosso chefe eventual da Tesouraria Regional. Sua fala e seus escritos muito nos encorajou, caro amigo de trabalho: seu nome é Selagoas e seu apelido é Nivaldo Marques Teixeira.                                                                                                                                    

 

sexta-feira, 9 de junho de 2023

 

G R U P O    I D E I A

Assessoria Empresarial e Educacional

 


Assessoria Empresarial e Educacional criada em Belo Horizonte por José Carlos de Souza Lemes e Mário de Castro, com prestação de serviços de Cátia Regina de Castro e apoio com trabalhos freelance de Maria Tereza e Ermelinda Souto. Nos estabelecemos à Av. Isabel Bueno, 241 – Bairro Jaraguá. O Grupo Ideia realizou com muita competência e qualidade vários trabalhos, sempre nos finais de semana e feriados, a saber:

Projeto Sintonia - Realizado no Hotel Fazenda Tauá com professores e dirigentes da FEAMIG – Faculdade de Engenharia e Agrimensura de MG e também com a participação da Presidente da Sociedade Mantenedora da Faculdade, Sra. Nadir Conceição da Costa.

Projeto Equipes de Sucesso – Toda a área administrativa da FEAMIG – Sociedade Mineira de Engenheiros.

Projeto Escola “Um Caso de Parceria” – Professores e Diretores da FADOM – Faculdade de Direito do Oeste de Minas – Hotel Fazenda em Campo Belo – MG.

Projeto Escola Participativa – três escolas Estaduais em Bambuí – MG.

Projeto Escola Participativa – EE. Medeiros – MG.

Projeto Escola Participativa - duas Escolas Estaduais no Bairro Niterói em Divinópolis – MG.

Projeto Escola Participativa – EE. Estadual Maria Floripes – Orfanato Santo Antônio Bhte.


Projeto Educação: Apenas...  ‘UM CASO CONTINUADO’ – Direção e todo professorado da EE. Maria Floripes – Feriado prolongado de Corpus Christi - 40 horas aula - Hotel de Veraneio de Professores do Estado de MG – Cidade de Araxá – MG.

Projeto Escola Participativa - EE. Assis Chateaubriand – Diretora Professora Margareth Mol – duas turmas – Realizados na Casa de Eventos Goiana-Bhte.

Realizamos ainda, mediante convite, dois encontros em Igrejas Evangélicas:

Projeto de Vida e de Fé – Igreja IPOEC – Igreja Pentecostal Oficina de Cristo – três turmas em sábados e domingos, sob a Direção da Pastora Áila Nascimento. Bairro Jaqueline - Bhte.

Projeto de Vida e de Fé – Igreja E.M. “DEUS DA VERDADE” sob a direção dos Pastores Sebastião Félix e Francisco Libório – Bairro Goiana – Bhte.


UM CAMINHAR ESTUDANTIL

Muitas dificuldades, muitas lutas, sem sequer uma palavra amiga, uma alfabetização sem sequer ter sapatos e o lembrar de que o preparo para as primeiras provas do Ginásio Monsenhor Arthur de Oliveira foi à luz de lamparina de querosene.  Assim fomos:

Grupo Escolar Mariano de Abreu – Bairro Cachoeirinha – Bhte.   Alfabetização. Escola ao lado da Igreja Nossa Senhora da Paz.

Ginásio Monsenhor Arthur de Oliveira – Bairro Coração de Jesus – Campanha de Educandários Gratuitos de Minas Gerais.

Colégio Tito Novaes onde disputamos um concurso de oratória que com quase certeza ganharíamos; perdemos, o primeiro colocado teve 148 pontos e eu 140. Meu chefe nos Correios, Sala de Carteiros, turma da Noite, Celestino Teixeira, nos disse: Não fique triste, da próxima vez prepare-se mais, prepara-se, vai e arrebenta. Assim o fiz.

 

IMACO – Instituto Municipal de Administração e Ciências Contábeis – Parque Municipal – B.Hte.  Concurso de oratória com 5 candidatos, fui o terceiro a apresentar: alguém gritou na plateia: -  esse aí é padre! Não vacilei e fui para arrebentar, puxei o primeiro lugar. O paraninfo seria o Presidente do País que em audiência no Rio de Janeiro seria o convidado. Partiu de B.Hte., no Trem de Luxo Vera Cruz, uma comitiva de alunos, com  o Professor Delmo acompanhando,  para convidar o Presidente do País, ora no Palácio do Catete no Rio de Janeiro. Não pude ir, não tinha o dinheiro para a viagem. Doze de dezembro de 1968, depois de ter o meu discurso censurado várias vezes fiz, a meu mando o discurso onde o Sr. Paraninfo Marechal Arthur da Costa e Silva – DD. Presidente da República Federativa do Brasil, nos disse, nos cumprimentos, ao término do meu discurso: - Parabéns meu Jovem, você citou São Francisco de Assis, meu Santo protetor.

Vestibular em Itaúna no segundo período nos transferimos para o INESP em Divinópolis- MG INESP – Instituto de Ensino Superior e Pesquisa. Os cursos de sociologia estavam suspensos no país e este curso era realizado dentro de um dos prédios do Santuário Bom Pastor. Candidatei-me ao concurso de oratória e fui aprovado pela banca examinadora. Fui o orador e nosso Paraninfo foi o indigenista, Cientista Social, Arcebispo de Goiás Velho – Goiás - Dom Tomaz Balduino.

 

CONVIVENDO COM ARTE – Ateliers e Eventos de Contos – Aprendendo a Contar Contos, Bhte.

 Practtioner em Programação Neuro-linguística – PNL – Bhte. em 1995.

Reiki Master – 2º grau – Bhte. 1999.

Graduação em Especialização de Educação Técnica para Professores de Nível Superior – Licenciatura Plena MECMG 1919/1970.

PUC –MG – Pós-Graduação -  LATO SENSU -  Programa de Especialização de Professores de Nível Superior – Especialização em Sociologia – 1982/1984.

         

 

E S C O L A S

 

Quanta luta, quantos sonhos, muitas e muitas buscas. Um dia de semana, em casa, preparando para um outro dia de trabalho nos Correios, pergunto a minha cunhada Marluce: lá na sua escola não está precisando de professor? - Espere um pouco vou voltar lá e mais ou menos uma hora depois, pergunto à senhora Diretora do Colégio Riachuelo, Professora Adyr Aguiar do Carmo, quando começo? – Hoje mesmo, esteja aqui às 19 horas. Dia 12 de março de 1969 minha primeira aula no Colégio Riachuelo, começa ali minha vida como professor, um início de 49 anos de magistério, uma vida de aprender, tentar ensinar e uma vontade louca de ser professor, honra, uma “uma verdadeira “metidês” na tentativa de ser professor. Falo isto tantas vezes, não canso de repetir que NOS CORREIOS EU CONSTRUÍ MINHA VIDA E NA ESCOLA EU JOGUEI MEU CORAÇÃO.  No Colégio Riachuelo, muitas lutas, algumas tristezas, mas uma alegria muito grande em tentar fazer o de melhor, ali fiquei até quando o Colégio fechou suas portas. Confesso que ali eu fui feliz muitas vezes. Por quais escolas passei:

 



- Colégio Riachuelo – 12 de março de 1969, minha primeira aula, meu primeiro trabalho como professor, ali fiquei, com muito orgulho e toda honra até quando a escola existiu.

 

- Colégio São Marcos – Bairro Cachoeirinha em Belo Horizonte.

- Instituto Nobel – rua Carijós – Belo Horizonte.

- Colégio Wenceslaw Brás –Belo Horizonte.

- Colégio Dom Cabral - Bairro Lourdes – Belo Horizonte.

- Colégio Prisma -  Bairro Floresta -  Belo Horizonte.

- Colégio Religioso feminino - zona Sul de Belo Horizonte.

 

- Esamig / Feamig – Faculdade de Engenharia – Bairro Floresta – Belo Horizonte.

 

- EE. Maria Floripes - em Sabará por onde fui indicado, pelo Diretor da Escola, Elvécio Tomaz de Miranda, ao Prêmio de Mérito Educacional da 1ª Superintendência de Educação de Minas Gerais. 

 

VIDA - CORREIOS - ESCOLAS E GRUPO IDEIA

Um caminhar estudantil



59 ANOS DE CORREIOS um “PARI-PASSU” de vida, de trabalho, de correios e de escolas. Fazer correios me fez gostar, orgulhar-me, me fez aprender, me fez acreditar nas pessoas, me ensinou a confiar e me deu condições de escolher, de ser aceito, de poder aceitar e fazer parte de equipes, de liderar equipes das quais sempre me orgulhei. Foram 59 anos de muito trabalho sério, de construção de vida profissional que me condicionaram em me tornar professor; uma jornada quase sempre de 9 horas de trabalho me dava forças de enfrentar mais 4 aulas por noite, nas quais joguei a minha crença, joguei meu coração. Foram 65 anos de contribuição previdenciária – INSS. - Várias alegrias, muitos e muitos sonhos, de muitas realizações e agora após meus 77 anos, quase não parei em casa, junto aos meus familiares. Nesses 65 anos de trabalho contínuo lendo, escrevendo e tentando mostrar, insistindo na fala e na escrita que podemos muito, dependendo de nós mesmos, sempre acreditar de que a vida é um eterno buscar. Nossa volta ao CETED, agora CECOR aos 70 anos de idade, após 12 anos e sete meses de ausência dos correios nos deu mais forças pelos mandos de demissão inconstitucional. O Supremo Tribunal Federal manda que retornemos aos correios, sem efeito a ausência: é quase um milagre e eu acredito que seja, recomeçar tudo aos 70 anos de idade. Sob os auspícios de Lúcia Clarinda, a Lucinha somos convidados a resenhar, escrever textos de obras dos mais lidos livros da Biblioteca dos Correios em MG. Um grande desafio e um grande compromisso com o desenvolvimento e treinamentos nas Minas Gerais onde, em Belo Horizonte, já estava formada e constituída como uma das melhores Bibliotecas dos Correios do país. É muito importante lembrar que nos Correios, inicialmente como carteiro nível 10 (carreira inicial) nela permaneci por longos 16 anos, apesar da carreia administrativa, até o Primeiro Plano de Cargos e Salários da empresa pelos meados dos anos 70. Vejamos o nosso trajeto:

 

 - Carteiro dos Distritos Postais n° 18 e 114, no início do ano de 1961.

- Em março de 1961, não só eu, mas muitos outros dos correios e da Rede Ferroviária do Brasil fomos demitidos. Tornado inconstitucional a demissão volto aos Correios 2 meses depois.

 - Carteiro de Correspondência Expressa fui transferido para trabalhos noturnos na mesma Sala de Carteiros de Belo Horizonte em meados do ano de 1961, como encabeçador de cartas e logo começo a ser treinado para função de manipulante, onde permaneço até 1971.

 - Mediante uma prova interna passo a trabalhar na Seção de Revisão dos Correios em MG, antiga Seção Econômica, onde fui convidado por Maria José Ferreira e Waldete Morgan, titulares desta seção, para assumir a chefia da TUREB –Turma de Revisão de Balancetes de MG.

 - Convidado para ser o Tesoureiro Regional da DRMG em meados de 1975 lá permaneço até 1992. Extinta a Tesouraria ocupo a chefia da Seção de Contas a Pagar. No mesmo 1992, sugerido por Ângela, administradora postal, e acatado e convidado por João José, Gerente do CETED, torno-me Instrutor de Desenvolvimento dessa casa.


 - No CETED tive o privilégio de participar de vários projetos de desenvolvimento empresarial destacando no primeiro o Gerência “Um Caso” de Parceria; projeto feito à 4 mãos com as instrutoras Regina Célia Nunes, Neusa Viana Silva e Walmira Euzébio. Sob a chefia de José Carlos de Souza Lemes. O projeto formou uma turma piloto em Belo Horizonte com o objetivo de formar multiplicadores em várias Diretorias de Correios no país. Além dos futuros multiplicadores participaram desta turma piloto dois representantes da SLU da cidade, um representante de uma empresa de reflorestamento em Montes Claros, dois representantes da Superintendência de Educação do Estado de Minas, dois engenheirandos da Faculdade de Engenharia Kennedy, a presidente da Sociedade Mantenedora da FEAMIG, Nadir da Conceição Costa, uma representante da EE. Estadual Maria Floripes e a professora, também do Maria Foripes, Cátia Regina de Castro.  Participou ainda do projeto professores de uma escola estadual na Rua Hermilio Alves, juntamente com o professor Roberto Vicente de São Geraldo. Este projeto correu muitas diretorias de Correios com muito sucesso e realizou a formação de várias turmas em Belo Horizonte.

 -Realizamos, a pedido do Gerente do CETED – João José, um outro Projeto, muito importante - REINTEGRANDO À EQUIPE – que dá boas-vindas aos empregados dos Correios em MG que foram demitidos pelo Plano Collor.

 -Escola “Um Caso” de Parceria é outro projeto que trabalhamos, sob total apoio de João José, gerente do CETED, voltado para a Secretaria de Educação de MG, que nessa época era um dos maiores e melhores clientes da ECT. Cuidamos nesse projeto em dar uma visão empresarial, modelo Gerência “Um Caso” de Parceria, para profissionais de educação. Ofertado à cidade de Divinópolis, o projeto de 16 horas aulas, foi ministrado nas dependências dos Correios para várias Escolas, em várias turmas; para se ter uma ideia da importância do trabalho ofertado só a EE. Martin Ciprien participou em três turmas com mais de 100 professores. No CETED, recebemos, também nos fins de semanas, mais de 240 professores estaduais e mais de dezenas de profissionais de educação.

O projeto ENCONTRAR-SE – com 16 horas aulas foi um dos mais importantes trabalhos que pudemos realizar no CETED. Nasceu da necessidade urgente de mudança e de nova visão empresarial na Região Postal de Uberaba a pedido de seu gerente regional. A Região Postal de Uberaba, segundo seu Gerente Regional, tinha na sua sede quase todo o seu efetivo com 25 anos de Correio e até mais, um pessoal, quase todo desmotivado, alheio às mudanças, dentro de uma empresa já de total mudança à época. Pareciam não saber que já éramos um dos três Correios do mundo, só perdendo para os correios da França e do Canadá. Diante disto tudo fizemos então, acreditando nas mudanças, ali em Uberaba, três turmas piloto, sempre nos fins de semana. Desta realização com sucesso em Uberaba, aplicamos o mesmo trabalho, nos mesmos moldes, em BHte, para as gerências: Gerência de Serviços Gerais, 2 turmas – Hotel Fazenda Ipê Amarelo.  Área Telegráfica e Tecnológica duas turmas – Hotel Fazenda Parada de Maquiné. - Gerência Financeira – GEFIN – sob o comando do saudoso colega Bráulio Tadeu de Magalhães, 3 turmas, com uma manhã de sábado, no prédio Sede da Av. Afonso Pena, fazendo se o encerramento. Esta realização mexeu muito comigo, pois a Gefin foi minha casa, antes mesmo de ser Gefin, estivemos ali por mais de 25 anos. Nos pareceu que estávamos despedindo dos Correios. Só nesse prédio trabalhamos por mais de 32 anos. Mal sabia eu, que estávamos prestes a uma segunda demissão e assim aconteceu, no segundo semestre de 1997.




 - No CETED, após 7 anos de trabalho, fui demitido dos Correios pela segunda vez. Com o Supremo Tribunal Federal tornando a demissão Inconstitucional, volto ao CETED, agora CECOR, aos 70 anos de idade -2010 – Acreditar nessa oportunidade de volta, sim, acreditamos como quem acredita em milagres e sabendo das condições de podermos ainda realizar muitas coisas, colocamos nas Mãos de Deus e fomos, retornamos ao trabalho, ao mesmo Centro de Treinamento e Desenvolvimento, agora denominado CECOR – Centro de Educação Corporativa.

 - Agora, como Instrutor Temporário e resenhando os melhores -  e mais lidos livros da biblioteca permaneço no CECOR até meados de 2017, quando caminho para uma aposentadoria definitiva dos Correios, confesso, que com muito medo do ter que parar. Várias pessoas viveram comigo este medo, meu caríssimo, professor Júlio Elias, assistiu este medo, muitas vezes nos meus olhos, no meu recuo e em algumas lástimas. Ouvi do professor Júlio, mais de uma vez, que eu nunca deixaria de ser o Prof. Mário de Castro e acanhadamente acreditei, foi um grande salto, buscando coragem. Viviane, nossa chefe também viu esse medo, lembro-me disso, e agora aqui estou, agora em casa, lendo muito e escrevendo um pouco, fazendo um trabalho que muito nos alegra, nossos textos e resenhas. Acreditei, não mais com toda força física de saltar, mas com a coragem de jogar meu Coração uma outra vez. Corri para um novo grande salto, ”titubeei“. Corri, tive medo de saltar, parei e aí, mais uma vez joguei meu coração.