terça-feira, 1 de março de 2022

 

MOCAMBEIRO

 

 

MOCAMBO: terra de devaneio

Ficastes famosa por sua bondade

Em acolher com carinho em teu seio

Seres cansados, sem ter liberdade.

 

Quando o negro escravo fugia

Das torturas e procurava o escambo,

Em direção a ti o negro corria

De braços abertos saudando-te

Oh! Bravo mocambo.

 

Hoje em dia já figuras na história

Te representa o fiel Mocambeiro

Depois da triunfante vitória,

Sou eu que te peço favor derradeiro.

 

Mocambeiro, tu parte sereno,

Deixando a solidão e saudade,

Eu pobremente intervenho

Solitário clamo a sua vaidade.

 

Mocambeiro! Tu levas metade do meu eu.

Por que não me escutas?

Tu roubas o que é meu.

 

 

(De MCASTRO)

 

... Está sim, num verão noturno de 1962, é um pedaço saudoso do lidos e vividos.