quinta-feira, 31 de outubro de 2019

A NECESSIDADE EXISTENCIAL DA MUDANÇA NA MEIA-IDADE

Fazer um “pari-passu” em nossas vidas, em nossa meia-idade, é refletir de que a liberdade é a ausência de limitações e é quando se dá a fase mais propícia ao desenvolvimento interior. 

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 Texto adaptado da Havard Business Review com tradução de Carlo Strenger e Arie Ruttenberg Numa tese publicada em 1965, Elliott Jacques - psicanalista e consultor organizacional canadense, então com 48 anos e relativamente desconhecido - cunhou o termo "crise da meia·idade". Jacques sustentava que nesse período o homem fica frente a frente com suas limitações, suas possibilidades restritas e sua mortalidade. No entanto, após a publicação dessa tese, o próprio psicanalista tornou-se um exemplo de como é possível ter uma segunda vida. Ele escreveu doze livros, casou-se e teve algumas de suas idéias mais originais em fins da década de 1990, quando saía da casa dos 70 e entrava na dos 80 anos. A reação das pessoas à vida de Jacques tende a ser de estupefação. "Como alguém pode se manter produtivo por tanto tempo?". O conceito de idade das pessoas está terrivelmente desvinculado da realidade. Hoje, a expectativa de vida no mundo ocidental é de cerca de 80 anos e segue subindo. Com o aumento da expectativa de vida, a mudança da meia-idade passaria a ser uma necessidade existencial para muitos trabalhadores. Mas, apesar da necessidade e da frequência dessa mudança, a meia-idade (a grosso modo, dos 43 aos 62 anos), continua a ser um período muito difícil - e para o qual as pessoas estão em geral, despreparadíssimas. Dois mitos contrastantes permeiam os temores de muita gente sobre a meia-idade, impedindo uma mudança triunfal nessa fase. O primeiro, mito da meia-idade, como início do declínio, tem raízes em noções historicamente ultrapassadas. A ideia de que a meia-idade marca o início do declínio e a de que aceitar limitações crescentes é a única maneira madura de encarar o envelhecimento, ainda são tidas pela maioria como bom senso. Só que o bom senso pode estar sendo superestimado. A meia idade é fascinante por ser um momento no qual a pessoa tem a oportunidade de reexaminar até suas noções mais básicas. Não nos entendam mal: de jeito nenhum queremos subestimar os problemas objetivos surgidos com a meia-idade, tais como limitações físicas. O que queremos dizer é que, enquanto esses problemas viraram o foco de discussões sem fim, as vantagens conquistadas por muitos na meia-idade mal são mencionadas. Nossa tese é que, para um número cada vez maior de gente, a meia-idade pode ser um período de oportunidades inéditas de crescimento interior. É por isso tudo que, a nosso ver, o indivíduo tem mais liberdade na meia-idade do que em qualquer outro momento da vida. Não esperamos que essa ideia seja aceita sem resistência - resistência cuja fonte mais forte é a crença generalizada de que liberdade é ausência de limitações e existência de possibilidades quase ilimitadas. À luz dessa definição, a meia-idade não soa nada animadora. Contudo, acreditamos que a pessoa na meia-idade deixou de ser consumida pelo temor de não ser boa em nada, ou pela necessidade de provar que é boa em tudo - e ganhou uma liberdade que só o autoconhecimento pode dar. O segundo mito é a noção da meia-idade como transformação mágica. O mito tenta vender a ilusão de que a pessoa com suficiente visão e força de vontade pode se tornar naquilo que quiser. Um problema é que o mito da transformação mágica contradiz a ciência. o cérebro humano é composto de bilhões de neurônios conectados entre si por uma miríade de vias. Para alterar um padrão básico de pensar, sentir e agir é preciso que bilhões de novas conexões sejam formadas. No caminho da transformação, mesmo os seres com visão e força de vontade, são também de carne e osso: sentem medo, ficam confusos, fazem tentativas e erram. Não existe transformação mágica. Para se livrar da ilusão da onipotência é preciso se concentrar no vínculo entre suas habilidades e suas aspirações, distinguindo o sonho da fantasia. Por exemplo, um executivo com 50 anos que deseja começar a tocar piano e tem como meta ser um pianista com reconhecimento internacional, pode até não virar um pianista profissional, mas poderia ser gerente de uma orquestra, de acordo com suas experiências e habilidades. A geração do pós guerra está envelhecendo, mas seu trabalho está longe de ser concluído. Muita gente pode antever e desfrutar uma segunda vida, se não uma segunda carreira. A tarefa em mãos não é, contudo, tão fácil como promete a cultura da auto-ajuda, com seu "querer é poder". A verdadeira transformação na meia idade não reside em nós, esperando para sair do casulo como a borboleta. A auto-realização é uma obra de arte. Para chegar lá é preciso esforço, energia, habilidade. Por sorte, O ímpeto vital não se extingue aos 65 anos de idade. Aliás, não há fase mais propícia ao crescimento e ao desenvolvimento interior do que a meia-idade, quando muitos aprendem a ouvir seu eu mais íntimo - o primeiro, e indispensável, passo na jornada da realização pessoal.

Mário de Castro 

segunda-feira, 19 de agosto de 2019


GERAÇÃO Y

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 “Talvez seja este o aprendizado mais difícil: manter o movimento permanente, a renovação constante, a vida vivida como caminho e mudança.” Maria Helena Kühner (dramaturga e pesquisadora).

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 Um executivo chega em casa, depois de uma dia de trabalho, e sua filha, no quarto, completamente concentrada, levantou-se e veio dar-lhe um beijo. Ele pergunta sobre seu dia e também, sobre o que está fazendo. Ela responde ao pai que, no dia seguinte, teria de entregar um trabalho que valia importantes pontos em suas notas no colégio. Vendo a responsabilidade da filha com o compromisso, disse que a deixaria à vontade para estudar e que, antes de dormir, falaria com ela novamente.
          No final da noite, voltando ao quarto da filha para desejar-lhes um bom descanso, ficou perplexo com a cena que encontrou. TV ligada no canal Discovery; fones ouvindo música no iPod, com o computador ligado e conectado na internet, com três sites abertos (o Google, um blog colorido e o site de relacionamento Orkut) e também com o Word e o PowerPoint acionados, teclando com cinco amigas no MSN, além de estar com o celular na mão enviando um SMS para um colega. TUDO AO MESMO TEMPO. Qual a reação, o que fazer? E o trabalho para o dia seguinte? Não havia nenhum livro,(nenhuma Barsa!) sendo usado como base para o trabalho, o pai tem então o “CHOQUE DA GERAÇÃO Y”. O executivo não tinha chegado nem perto de imaginar que todas essas ferramentas estavam funcionando simultaneamente e que a integração dessas atividades permitiria que a filha chegasse a um resultado positivo, no trabalho para o dia seguinte.
          Isto hoje está longe de ser um caso isolado de uma adolescente excepcional, dotada de inteligência superior; é cada vez mais comum nas famílias e em todo mundo. Vivemos um tempo de intensas mudanças, em um tempo singular em que percebemos inúmeros acontecimentos à nossa volta. Todos acompanhados de uma afinidade de informações e chegando pelos mais variados meios.
          Geração Y são os nascidos entre 1980 e 1999 e que agora chegam à vida adulta e ao mercado de trabalho, extremamente informados e interferindo diretamente nos destinos da sociedade. Eles nasceram de famílias estruturadas em um modelo mais flexível, onde o convívio com os pais é bastante diferente do que havia nas gerações anteriores, cabendo-lhes o destino de modificar profundamente os paradigmas e premissas estabelecidos. No entanto isso não pode acontecer sem se considerar as características que formaram as gerações anteriores, que ainda interferem bastante no futuro de nossa sociedade.
          Uma BELLE ÉPOQUE de nossos avós e bisavós nascidos em 1930 e 1940 presente nas artes, na literatura e no cinema emergente, um período dramático para educar os filhos, (chamados geração tradicional) com poucas alternativas para o desenvolvimento dos jovens.
          GERAÇÃO X, era chegado o tempo das revoluções entre os anos 1960 e 1980 a geração BABY BOOMERS assumia sua vida adulta protestando contra tudo e contra todos, praticamente contra tudo que estava estabelecido. O surgimento da TV afeta de forma significativa esta geração (desde os horários de refeições, deveres de casa até o horário de ir para cama). Agora jovens pais – geração baby boomers – tem uma “moeda de troca” na educação dos filhos da geração Y. Muitos pais tiveram êxito em transferir a seus filhos valores e conceitos que aprenderam na juventude, conseguindo assim, o desenvolvimento dos jovens na construção de uma família exemplar, como a de seus pais. Foi uma geração marcada pelo pragmatismo e pela autoconfiança em suas escolhas, que buscou promover a igualdade de direitos e de justiças em suas decisões.
          A realidade hoje é a convivência, em um só lugar, de bisavós, avós, pais, filhos e netos. É no relacionamento entre estas cinco gerações que está a chave para o resgate do equilíbrio necessário para estes novos tempos.
          Questionar, questionar e questionar. Por que esta geração Y pergunta tanto? Os pensadores da Geração X pregavam e continuam insistindo, com esta nova geração, que, O MUNDO É CONSTRUÍDO COM PERGUNTAS E NÃO COM RESPOSTAS. É preciso considerar que questionamento hoje, desta nova geração não é contestação ou desafio ao nosso conhecimento, eles vieram de um ambiente de constantes desafios e para eles é muito importante interagir com o mundo que o cerca. Há uma busca constante de conexão com as coisas e as pessoas; questionar é uma forma de conectar e estes jovens da geração Y estão mudando muitas verdades que aprendemos em nossa juventude, eles querem respostas diretas e claras, exigem transparências de seus pais e e de seus líderes e estão dispostos a lutar por seus sonhos.
          Segundo o autor a geração Y precisa de nossa atitude, de nossa experiência, de nossa intuição e de nossa paciência. Afinal, eles estão preparados para assumir empregos que ainda não existem, usando tecnologias que ainda não foram inventadas, para resolver problemas que ainda não sabemos que são problemas.
Oliveira, Sidnei
Geração Y: o nascimento de uma nova versão de líderes
Sidnei Oliveira.- São Paulo: Integrare Editora, 2010
Mário de Castro


sábado, 1 de junho de 2019


VIDAS CHEIAS DE CONDIÇÕES

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“Quais são os “ses” e os “mas” que limitam o meu prazer de viver” John Powell
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            O mundo não foi feito para ser como você, eu, ou qualquer outra pessoa gostaria que fosse. A Lei de Murphy, como a maioria dos chavões, (Lei de Gerson) contém uma boa dose de verdade. Mas, em vez de ser uma manifestação de ressentimento, ela poderá ser uma Estrela Guia que nos lembrará de que podemos viver com a realidade, com flexibilidade e serenidade, independente do que aconteça, nós podemos fazer as nossas escolhas. Serenidade é uma palavra que não se ouve muito hoje em dia, ela significa ter tranquilidade, calma e paz de espírito, no corpo e no coração. É preciso coragem para mudar as coisas que podemos mudar e, aí, estão as nossas grandes responsabilidades: a única coisa que podemos mudar somos nós mesmos. Diante disto é muito importante começar a ver que a vida é cheia de possibilidades e oportunidades que derrubam com facilidade os fardos, obrigações e armadilhas perigosas que a realidade nos trará, com certeza. A felicidade é uma escolha, está sempre ao nosso alcance, está dentro de cada um de nós. A nossa infelicidade não ajuda ninguém e nem transforma o mundo num lugar melhor. Leo Buscaglia escreveu: “o mundo é cheio de possibilidades e, enquanto elas existirem, haverá esperança”
              George Bernard Shaw escreveu a melhor conceituação de esperança que ficou famosa num discurso de Robert Kennedy: “algumas pessoas vêm as coisas como são e se perguntam ¨Por quê? ¨. Sonhei coisas que jamais aconteceram e perguntei ¨Por que não? ¨.”  A esperança é essencial, para nos mantermos vivos e quando acreditamos no nosso futuro, no futuro dos outros e do mundo fica fácil bater de frente com a realidade, o faremos cheios de coragem. O convívio diário no trabalho, em nossas casas, acabam nos envolvendo em muitos aspectos de vida mas, é preciso lembrar que há diferença enorme, em interessar-se e compartilhar, e, cada um de nós temos de controlar as nossas escolhas e nossos sentimentos.
Escolha a Felicidade: A Arte de viver Sem Restrições
Ray, Verônica – l0ª edição -2004
Editora Pensamento                                                          
             Mário de Castro




P.S. de Como Estrelas na Terra



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        Taare Zamen Car, um filme indiano é produzido e dirigido por Bradley Cooper, em Boliwood, a segunda maior Cidade de Cinema do mundo, na Índia.  Seu sucesso ao entrar na Europa o batiza Como Estrelas na Terra. O filme foi indicado ao Oscar de melhor ator e melhor diretor em 2009 e também ao Oscar, como melhor filme Internacional em 2016.

Do gênero infantil, uma comédia dramática dirigida  por Aamir Khan, também ator, no papel do Professor Nikumleh,  a  dislexia é o alvo da colocação no filme, como uma perturbação da aprendizagem; pode ser classificada como uma síndrome linguística, apesar da pessoa ter uma inteligência normal. Ajustar a forma de aprendizagem foi a forma que o professor encontrou de corresponder a necessidade do aluno. Vale a pena ver o filme.