sábado, 21 de abril de 2018


A REVOLTA DE ATLAS

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 [...Atlas mostra que tudo isso é ABSOLUTO: a verdade, a realidade, o certo, toda existência, todo bem, o errado, a própria vida humana e muitas vezes a mentira (verdadeira). O errado guarda respeito pela verdade. No entanto os do MEIO (nem um lado nem outro), são os que fogem às responsabilidades, os MAUS, os CALHORDAS que silenciam diante da verdade.] Obra em três volumes.


          QUEM É JOHN GALT é a pergunta que é feita a todo momento, durante toda a obra e, é com esta pergunta que fica conhecida, inicialmente a obra de AYN RAND e que a faz ficar conhecida como uma das obras mais influentes dos Estados Unidos, pela Biblioteca do Congresso americano. A obra mostra uma característica especial dos Estados Unidos, em uma época, e onde o forte de todo o transporte é ferroviário que é totalmente administração privada, em mãos de mãos de empresários particulares e muito fortes economicamente. Toda riqueza do país é transportada por ferrovias que cortam todo o país; são linhas férreas chamadas APARELHO CIRCULATÓRIO DA NAÇÃO – trens com circuito vivo de sangue levando desenvolvimento e riquezas aos lugares mais remotos.
          Há uma visão muito clara, pelo autor, da verdadeira formação democrática dos Estados Unidos: O ÚNICO PAÍS DO MUNDO cuja riqueza não foi acumulada pelo saque, mas sim pela produção, não pela força mas pelo COMÉRCIO. O desenvolvimento industrial do país se torna o grande sustentáculo do sistema ferroviário, minas e auto-fornos são as grandes riquezas, produtoras de pontes e de trilhos, onde a força do transporte ferroviário enfrenta com ganho o transporte fluvial.
          A grande revolução e mudança de comportamento dos grandes industriais e da classe trabalhadora se inicia com a descoberta, o surgimento, de um novo produto, um novo trilho: mais resistente, mais leve e melhores preços – O AÇO.
        Toda ganância e o uso do poder, por um grupo de homens vai se apropriando de todas as indústrias, de todos os bens, destruindo valores e modificando princípios morais e humanos. Este homem, surgido da ganância e do poder se esquiva a julgar, não concorda e nem discorda e afirma não haver coisas absolutas, esquivando assim de toda e qualquer responsabilidade. Toda realidade é absoluta, a existência é absoluta e a vida humana é absoluta. Há sempre dois lados em questão na nossa vida: um certo e outro errado, mas o meio (em cima do muro, sem opinião) é sempre mau; o errado guarda respeito pela verdade, mas o do meio é um calhorda que silencia a verdade – é o produto desse novo poder, de homens que consideram a corrupção como humana e não a virtude, como se “sentir” fosse humano mas pensar não fosse e como se fosse própria do homem a premissa da morte, e não a premissa da vida. É um poder ganancioso “só pra si” que querem privar da honra e em seguida da riqueza, homens empreendedores que com seus lucros tornam viável todo e qualquer novo empreendimento; um poder em que humano é fraqueza, estupidez, vadiagem, mentira, fracasso, covardia e fraude, exilando da espécie humana o herói, o pensador, o produtor e o inventor; este um dos últimos da história da humanidade e que será o primeiro a desaparecer no processo infra-humano que pergunta “POR QUE?” no universo e não permite que nada se interponha entre essa resposta e sua mente.
          Quem é John Galt? A pergunta que não quer calar em toda obra mostrando que toda nação, todo um poder econômico que tira a propriedade coletiva de produção, corta, caça agressivamente a propriedade coletiva da mente; é uma sociedade, onde homens assim não são capazes de ver com clareza que sacrifício não é rejeitar o que não tem valor e sim o que é precioso, que não é rejeitar o mal em prol do bem, mas sim o bem em prol do mal, que não é abrir mão do que se dá valor em prol do que não se dá valor. Dar o que não vai fazer falta não é sacrifício: havendo falta, dificuldade, catástrofe surgem então as verdadeiras virtudes do sacrifício. O BEM É DEUS, UM SER CUJA ÚNICA DEFINIÇÃO É ESTAR ALÉM DO PODER DE CONCEPÇÃO DO HOMEM. 
Rand,Ayn,1905-1982
A revolta de Atlas/Ayn Rand[tradução de Paulo H.Brito-SP]RJ:sextante 2010.
Mário Castro

PS.  O projeto Textos e Resenhas nasceu da vontade de Lúcia Clarinda de que a biblioteca dos Correios em MG tivesse disponível para todos os empregados, resenhas de seus melhores livros e também de   livros mais lidos no mercado. A Revolta de Atlas, obra em três volumes, foi lida inicialmente por Lúcia Clarinda e pelo instrutor Joucerly – nosso saudoso Jô- Entusiasmados com a leitura do 1° volume - Lucinha e Jô -, Lucinha nos convida a ler a obra e resenha-la. Devorei os três livros e começou aí no CECOR MG – Centro de Educação Corporativa dos correios em Minas Gerais nosso trabalho de resenhar os melhores livros, e alguns dos livros mais lidos e vendidos, e isso nos levou também a escrever vários textos. Resenhas e Textos foi feito por mais de cinco anos com o aval inicial de Lúcia Clarinda e com o acompanhamento Técnico e literário inicial de nossa então chefe Adriany Azevedo.